Examinando o fenômeno de violência contra a mulher e Recursos tecnológicos para sua proteção

30/10/2015 17:05

Programa de Pós Graduação Mestrado Interdisciplinar em Tecnologias da Informação e Comunicação /PPGTIC – Campus Araranguá/UFSC

Laboratório de Mídia e Conhecimento – Labmidia/Campus Araranguá

Laboratório de Tecnologias Computacionais – Labtec/Campus Araranguá

Observatório de Tecnologias Inclusivas – tecnologiasinclusivas.ufsc.br

Projeto de Extensão: Educando em Direitos Humanos com as Tics

Projeto de Extensão: Educação em Bioética Social

Convite – Palestra 

Examinando o fenômeno de violência contra a mulher e Recursos tecnológicos para sua proteção

Palestrante: Del. Sônia Maria Dall’Igna

Chefe da Divisão de Políticas de Segurança Pública para os Grupos Vulneráveis

Departamento de Direitos Humanos/RS

Secretaria da Segurança Pública/RS

Mestranda em TICs/PPGTIC/Campus Araranguá/ufsc

 

Data: 05.11.2015 – quinta.

Horário: 14:30 hs às 16:30 hs.

Local: Auditório – Campus UFSC/Jardim das Avenidas (UNISUL)

Haverá certificado de atividades complementares para os participantes.

 

Organizadores:

Prof. Giovani M. Lunardi

Prof.a Luciana B. Frigo

 

Prêmio Empreendedor Social, realizado pela “Folha de S.Paulo” – Fundação Schwab – 2015

27/10/2015 16:09

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2015/10/27/conheca-os-finalistas-do-premio-empreendedor-social-e-vote-no-seu-preferido.htm

O Prêmio Empreendedor Social, realizado pela “Folha de S.Paulo” em parceria com a Fundação Schwab, chega à sua 11ª edição em 2015.

Três organizações são finalistas na categoria principal e outras três concorrem ao Prêmio Empreendedor Social de Futuro, voltado a iniciativas que estão começando.

Os seis disputam a partir de agora também na categoria especial, a Escolha do Leitor. Nos vídeos abaixo você pode conhecer os empreendedores finalistas, que tiveram um minuto para “vender o seu peixe”. Assista e vote no seu preferido.

Você pode compartilhar suas histórias inspiradoras com seus amigos para eles votarem também.

O ganhador da Escolha do Leitor será conhecido na cerimônia do Prêmio Empreendedor Social, em 18 de novembro, que será transmitida ao vivo pelo UOL.

O vencedor do Prêmio Empreendedor Social é escolhido por um júri especializado. Os ganhadores têm a oportunidade de entrar na Rede Schwab de empreendedores socioambientais, que propicia interação com organizações inovadoras de todo o mundo.

Os empreendedores aceitos pela Schwab também têm acesso a reuniões regionais e mundiais do Fórum Econômico Mundial.

A “Folha” realiza também o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, voltado a jovens de 18 a 35 anos. Os finalistas e o vencedor desse concurso recebem benefícios como bolsas de estudo e assessoria jurídica e de comunicação.

O Empreendedor Social é patrocinado pela Coca-Coca e pela CNI e tem a TAM como transportadora oficial. Fundação Dom Cabral, ESPM e UOL são parceiros estratégicos.

Empreendedores 2015

Eliana Sousa Silva, 53
Ela fundou a Redes da Maré para desenvolver o potencial dos moradores do maior complexo de favelas do Rio de Janeiro. A intelectual criada na comunidade desenvolve projetos em eixos como educação e segurança pública. Colocou, literalmente, a favela no mapa, ao fazer a primeira cartografia e um censo da região. Aposta em ações estruturantes como criar um cursinho pré-vestibular que levou 1.300 moradores da Maré à universidade.

Luis Eduardo Salvatore, 38
O Instituto Brasil Solidário nasceu do sonho do empreendedor social de mudar a realidade da educação no Brasil profundo. Hoje, dissemina uma tecnologia social que coloca a escola no centro da mobilização em municípios de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Envolve o poder público e demais atores locais para criar “ilhas de desenvolvimento”. Sua caravana passa e deixa lições de música, fotografia, higiene, alimentação saudável e cidadania.

Sergio Andrade, 38
O cientista político resolveu colocar a mão na massa para disseminar boas práticas de gestão pública pelo Brasil. Fundou a Agenda Pública para atuar no fortalecimento de municípios impactados por grandes obras e megaempreendimentos. Tornou-se assim um empreendedor social que leva princípios de eficiência e participação popular para que o poder público possa entregar melhores serviços à população. E acredita e aposta na política como canal de transformação.

Fernando Assad, 32
O empreendedor desbrava uma nova frente com o Programa Vivenda: financia e realiza reformas de baixo custo e alto impacto na saúde e na qualidade de vida dos moradores de favela. Com obras de baixa complexidade, como reformar um banheiro e melhorar a ventilação de um cômodo, contribui para reduzir o deficit habitacional qualitativo. Seu nicho são as 11 milhões de famílias brasileiras que hoje vivem em moradias inadequadas.

Gustavo Fuga, 22
Estudante de Economia da USP, ele se tornou CEO do próprio negócio social: o 4You2, um curso de inglês de baixo custo, que leva professores estrangeiros para viver e ensinar na periferia. Com mais de 1.500 alunos matriculados, o jovem empreendedor faz planos de expansão do seu método inovador de ensino de idiomas. Além de uma experiência multicultural, a missão é oferecer uma ferramenta para transformar a vida de estudantes carentes.

Panmela Castro, 34
A artista plástica e grafiteira criou a Rede Nami para promover o direito das mulheres que, a exemplo dela, foram vítimas de violência doméstica. Usa o grafite e arte urbana para espalhar pelos muros do Rio de Janeiro e do mundo mensagens sobre igualdade de gênero, além de disseminar informações sobre a Lei Maria da Penha em oficinas nas escolas públicas. Criou ainda um grupo de afrografiteiras que usam sua arte para combater o racismo.

Colóquio interdisciplinar discute gênero e violências na UFSC

26/09/2015 10:26

Colóquio Interdisciplinar Gênero e Violências será realizado de 24 a 26 de novembro na UFSC e pretende debater de forma interdisciplinar esta temática em suas amplas possibilidades e interseccionalidades, no campo da academia, das políticas públicas, do cotidiano e do ativismo.

O evento visa reunir pesquisadores, estudantes e profissionais que trabalham em instituições de combate à violência e a sociedade em geral, em torno de conferências, mesas-redondas e fóruns de debates guiados por eixos temáticos que proporcionem exposições de pesquisas e trabalhos, reflexões aprofundadas, e que resultem em ações e encaminhamentos rumo ao fim da violência contra as mulheres e de gênero.

A proposta do evento é sua inserção na campanha nacional “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”.

Trabalhos

Serão aceitos trabalhos que tenham a violência contra as mulheres e de gênero como objeto. Ao inscrever as propostas de comunicações o (a) participante deve indicar o eixo temático em que tem interesse de participar, podendo, a critério da comissão organizadora, haver remanejamento de eixos.

Os eixos são Práticas pelo fim da violência; Violências, feminismos, diversidades; Políticas públicas de enfrentamento à violência; e Educação e violência de gênero.

Os primeiros passos são a inscrição e o envio de um resumo expandido (até 400 palavras), como proposta de trabalho a ser avaliada pela comissão organizadora. As inscrições para comunicações estão abertas até 20 de outubro.

Cada trabalho poderá contar com até dois autores, sendo que ambos deverão estar inscritos no evento como autores. Cada autor poderá enviar uma única proposta de trabalho. Aqueles que tiverem propostas aprovadas deverão enviar os trabalhos completos até 19 de novembro.

Os trabalhos completos deverão ter de 20 a 30 mil caracteres (com espaçamento, notas e bibliografia) e deverão ser submetidos no site até 19 de novembro em arquivo de texto (doc ou docx), habilitado para edição, contendo título da comunicação; nome do(s) autor(es); e-mail para contato e breve resumo da formação acadêmica; resumo com até 150 palavras; de três a cinco palavras-chave.

Mais informações no site do evento.

Objetos Educacionais para o Ensino de História da África e Arte Africana na Educação Básica do Brasil

23/09/2015 13:30
O  objetivo do projeto é reunir materiais e trocar experiências de como contribuir para o Ensino da História da África e Arte Africana na Educação Básica do Brasil.
Este projeto faz parte das atividades:
1. disciplina de graduação em TIC: “´Tópicos em Educação e Cultura Digital”
2. disciplina de graduação em FISIOTERAPIA: “Relações Interétnicas”
3. disciplina do Mestrado em TIC: “Tecnologias Inclusivas”
4. Projeto de Extensão: “Educando em Direitos Humanos com as TICs”
5. Projeto de Extensão em Saúde: “Educação em Bioética Social aplicada a Saúde Pública”
6. Projeto Bolsa Cultura:  “Mostra de Cinema e Direitos Humanos”
7. Projeto de Pesquisa BOLSA PIBIC: “O conceito de Vida”
8. disciplina do Mestrado em Energia e Sustentabilidade: “Bioética Ambiental e Sustentabilidade”

 

Curso Gratuitos Universidade de Madrid

21/09/2015 17:31

Os cursos estão disponíveis para toda comunidade acadêmica, bastando que os interessados tenham acesso à internet e a um computador.

   As aulas são ministradas em espanhol, mas há também opções, alternativamente, em língua inglesa.

Para se inscrever nos cursos, basta criar uma conta no sítio eletrônicohttps://www.edx.org. Depois disso, o interessado deve acessar o linkhttps://www.edx.org/school/uamx para visualizar os cursos disponibilizados pelaUniversidad Autónoma de Madrid e eleger o(s) curso(s) que se encaixa(m) em seu perfil.

   Abaixo os cursos disponibilizados:

1 – Jugando con Android – Aprende a programar tu primera App

Início: 6 de outubro de 2015

2 – La Química Orgánica, Un mundo a tu alcance

Início: 6 de outubro de 2015

3 – La España de El Quijote

Início: 6 de outubro de 2015

4 – Trasplante de órganos: desafíos éticos y jurídicos

Início: 6 de outubro de 2015

5 – De la granja a la mesa: La seguridad alimentaria en la Unión Europea

Início: fevereiro de 2016

6 – Educación de calidad para todos. Equidad, inclusión y atención a la diversidad

Início: fevereiro de 2016

7 – Idealismo Filosófico: Cómo hacer Mundos con Ideas

Início: fevereiro de 2016

8 – Fisiopatología renal y enigmas de la vida cotidiana

Início: fevereiro de 2016

Tetraplégica lança livro de tese de doutorado feita com ‘piscar de olhos’

10/06/2015 10:36

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/06/1638691-tetraplegica-lanca-livro-de-tese-de-doutorado-feita-com-piscar-de-olhos.shtml

Há 13 anos, a artista Ana Amália Barbosa se comunica com o mundo por meio do olhar. Uma piscada é sim, uma olhada para cima é não.

Com um programa especial de computador, ela defendeu sua tese de doutorado na USP. A pesquisa resultou no livro “Além do Corpo – Uma Experiência em Arte/Educação” (Cortez Editora; 200 págs.; R$ 46), a ser lançado na terça (9).

Ana Amália, 49, desenvolveu a síndrome do “locked in” (retratada no filme “O Escafandro e a Borboleta”) após sofrer um derrame no tronco cerebral. Ficou tetraplégica, muda e disfágica (não consegue mastigar e nem engolir).

Karime Xavier/Folhapress
Ana Amália Barbosa, 49, escreveu tese de doutorado na USP usando apenas 'piscar de olhos'
Ana Amália Barbosa, 49, escreveu tese de doutorado na USP usando apenas ‘piscar de olhos’

O livro relata a experiência educacional desenvolvida pela artista Ana Amália com seis crianças com lesão cerebral. Ela apresenta exercícios feitos em aula, como uma atividade baseada nas performances do artista francês Yves Klein (1928-1962).

De shorts ou fraldas, as crianças tiveram os corpos pintados e, depois, imprimiram movimentos em uma grande superfície de papel.

Outra atividade relatada na obra são desenhos dos contornos dos corpos dos alunos.

Ana Amália conta que o trabalho surgiu de sua experiência, quando o seu médico, Ayres Teixeira, a fez ficar de pé, amarrada a uma cama, diante do espelho para que se visse por inteiro.

“Me deu um clic. Eu tinha que estimular as percepções sensorial, corporal e espacial das crianças. Elas precisam ter domínio do próprio corpo, apesar de ele ser manipulado pelos outros. É o princípio da autonomia”, escreve.

Para a professora Regina Stela Machado, orientadora de Ana, a obra tem “importância incontestável” para a área do ensino, em especial de crianças com necessidades especiais.

“Crianças com paralisia cerebral sofrem não apenas as limitações impostas pela doença. São vítimas de ‘privação cultural’, fruto da ignorância, do despreparo, do descaso e do preconceito que povoam ações educativas.”

Fazer com que a criança se situe socialmente, rompendo qualquer limitação física, é um dos propósitos da autora.

“É muito difícil determinar a amplitude da capacidade de aprender de crianças que nasceram com paralisia cerebral. O sistema escolar tende a rejeitá-las ou abandoná-las na sala de aula”, relata Ana.

Na experiência, Ana alternou atividades simples, como colocar cores no papel, com outras mais complexas, como visitas a espaços culturais. “Queria garantir o mínimo e ousar o máximo.”

Há dois meses, a pressão arterial de Ana está baixa. Mesmo debilitada, ela não falta às aulas do pós-doutorado na Unesp (Universidade Estadual Paulista), que frequenta com ajuda do amigo Moacyr Simplício, espécie de tradutor e “anjo da guarda”.

Pergunto se ela gostou do resultado do livro. “Sim, ficou como eu queria”, responde com os olhos. Algo mais? “Sem o Moa [Moacyr], não teria conseguido.”

Para historiador, tecnologia mudou mais a sociedade do que a política

10/06/2015 10:35

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/06/1640039-para-historiador-tecnologia-mudou-mais-a-sociedade-do-que-a-politica.shtml

 

 

Esqueça a batalha de Waterloo ou a Revolução Constitucionalista. Há quem dê mais importância para a maneira como os acontecimentos tecnológicos mudaram a sociedade –mesmo que, nas escolas, eles não sejam tão valorizados, em detrimento de acontecimentos políticos.

“Como Chegamos Até Aqui” (editora Zahar), livro do historiador da tecnologia americano Steven Johnson que chega agora às livrarias, vai por esse caminho.

Veja o caso do vidro. O aprimoramento do seu processo de produção, por volta do século 13, especialmente em Veneza, permitiu a invenção das lentes –e, assim, dos óculos.

National Archives Catalog
Mulheres entregam gelo, usado para refrescar casas, durante a Primeira Guerra, nos EUA
Mulheres entregam gelo, usado para refrescar casas, durante a Primeira Guerra, nos EUA

As lentes permitiram ainda os microscópios, que permitiram vacinas, antibióticos e todo tipo de desenvolvimento da medicina, com os impactos demográficos que isso proporcionou. (Isso sem falar no telescópio, que revolucionou nosso conhecimento do Universo.)

Fernando Mola/Folhapress

Por fim, a fibra de vidro, além do material que reveste os aviões, permitiu a internet e a comunicação global.

Tão interessante quanto é a história das geladeiras e ar-condicionados. Johnson conta a história de um navio que aportou no Rio de Janeiro em 1834 trazendo no seu porão um pedaço de um lago congelado dos EUA.
Embora o negócio tenha demorado um pouco para emplacar, com o passar das décadas surgiu, ainda no século 19, um fabuloso mercado internacional de gelo.

Em um mundo sem máquinas de gelo ou refrigeração artificial, o negócio da distribuição de gelo possibilitou o transporte de carne sem apodrecimentos, permitindo a expansão da pecuária para lugares distantes.

A refrigeração possibilitou ainda que os humanos ocupassem regiões mais quentes, mudando a geografia dos países. Quando veio a geladeira, por fim, revolucionou-se a alimentação doméstica.

O livro de Johnson lembra a obra “Em Casa – Uma breve história da vida doméstica”, do jornalista Bill Bryson, autor do festejado “Breve história de quase tudo”, ambos publicados no Brasil pela Companhia das Letras.

Algumas das histórias contadas são até repetidas, e o livro de Bryson é mais completo e divertido.

Johnson cita, no seu livro, o filósofo Manuel de Landa, que propõe um exercício: imaginar que um robô fosse escrever a história humana.

Do ponto de vista do robô, coisas que estudamos na escola como a Carta Magna ou a queda do Império Romano “seriam notas de rodapé”. Os divisores seriam os marcos tecnológicos. Talvez nós humanos supervalorizemos um pouco a política.

“Se uma lâmpada pudesse escrever a história dos últimos trezentos anos”, afirma Johnson, essa seria uma história de “empenho na busca da luz artificial, de batalha contra a escuridão”. Ou de como os humanos iluminaram tanto a Terra que a luz artificial das cidades pode hoje ser vista até do espaço.

*

COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI
AUTOR STEVEN JOHNSON
EDITORA ZAHAR (236 PÁGS.)

Escolas receberão orientações para atendimento aos ciganos

01/06/2015 17:28

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21352

 

Os sistemas de ensino brasileiros receberão orientações para o atendimento às populações ciganas, entre as quais a de assegurar a matrícula em qualquer época do ano. O instrumento Ciganos – Documento Orientador para os Sistemas de Ensino, elaborado em atenção à Resolução CNE/CEB nº 3/2012, que institui as diretrizes para o atendimento de educação escolar às populações em situação de itinerância, foi lançado nesta sexta-feira, 29, em Brasília, como parte da celebração do Dia Nacional dos Ciganos.

O documento foi elaborado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação. Na abertura do dia comemorativo, o Secretário Paulo Gabriel Soledade Nacif apresentou o documento, fruto do trabalho do GT-Ciganos, grupo formado para acompanhar a implantação da resolução.

A intenção é dar unidade aos procedimentos dos sistemas de ensino brasileiros especificamente em relação ao atendimento escolar às populações ciganas. A garantia de escolarização para crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos ciganos nos municípios do Brasil, bem como as condições de sua permanência na escola, é tarefa de que os órgãos públicos de ensino não podem abrir mão, afirma o texto de apresentação do documento.

“É um desafio, existe grande número de analfabetos entre as populações ciganas. Eles não têm obrigação de estudar, mas o Estado tem obrigação de oferecer educação para todos”, afirmou Maria Auxiliadora Lopes, coordenadora-geral de relações étnico-raciais da Secadi.

O grupo de trabalho que elaborou as orientações foi composto por representantes da Associação Internacional Maylê Sara Kalí (AMSK/Brasil), União Cigana do Brasil no Estado de São Paulo, Associação de Preservação da Cultura Cigana no Paraná (Apreci/PR) e das etnias lovaro, calon, rom boyasha e matchwaia. Dos órgãos do Poder Executivo, participaram a Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SNDH), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e Ministério da Cultura (MinC).

Além da entrega do documento, a celebração do Dia Nacional dos Ciganos teve uma extensa programação, que incluiu a palestra Desafios e acompanhamento da implementação do documento, proferida por Lucimara Cavalcante, membro do GT-Cigano, debates e uma apresentação das boas práticas de educação para a população cigana.

Tecnologias Sustentáveis: A Energia que vem do lixo

29/05/2015 11:17

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/543055-a-energia-que-vem-do-lixo

ecnologia italiana chega ao Brasil por meio da Unicamp e pode mudar o tratamento de resíduos industriais

A reportagem é de Felipe Rousseaux de Campos Mello, publicada pela revista CartaCapital, 27-05-2015.

Hoje, 3% a 5% da matriz energética brasileira é gerada pela incineração do bagaço da cana de açúcar. A inciativa, positiva, poupa a energia gerada em hidrelétricas, por exemplo. A indústria, contudo, queima também resíduos como o enxofre e o cloro, emissores de grande quantidade de poluentes, como dioxinas e furanos, considerados cancerígenos.

Esse quadro pode começar a mudar com os frutos da parceria fechada entre o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e a empresa brasileira Innova- Energias Renováveis. O convênio com a Universidade Estadual de Campinas consiste na implementação de um laboratório de pesquisa, já em funcionamento no parque científico, para o aprimoramento e a adequação da tecnologia italiana à realidade brasileira.

O resultado pode mudar a forma de lidar com o processamento de lixo urbano e a geração de energia elétrica.

Na Europa a tecnologia da Innova é conhecida como RH2INO, foi desenvolvida Main Engineering Srl e trata-se de um processo oposto ao da incineração. Ele decompõe os resíduos mais complicados sem utilizar oxigênio, ou seja, sem queimá-los. Assim, não há emissão de poluentes. O processo recebe o nome de pirólise lenta e é realizado em um tambor rotativo. O gás obtido no reator passa por um sistema de limpeza e purificação afim de remover resíduos nocivos, como o ácido clorídrico e sulfídrico, que porventura tenham surgido durante o processo.

Ao final, resta um gás que, a temperatura ambiente, é tão limpo quanto o gás natural. Deste produto, 70% vai para ageração de energia elétrica e os 30% restantes são reutilizados no processo, para reaproveitar mais material que seria incinerado. Outra utilidade importante do processo criado pelos italianos é a geração de vapor, também este podendo ser utilizado como um auxiliar na produção de energia térmica.

Além disso, o material sólido resultante do processamento de determinados resíduos pode ser transformado em produtos de uso agrícola (adubo) e industrial (carvão ativado).

Segundo o diretor da Innova, Fernando Reichert, 32 anos, formado em física na Unicamp e em engenharia de energia na Itália, o Brasil está 30 anos atrasado –“as usinas europeias já utilizam este tipo de tecnologia desde 1982”. E complementa: “O RH2INO é um gás muito flexível, limpo e sustentável. Pode ser gerado a partir do tratamento de lixourbano, hospitalar e industrial, medicamentos vencidos e resíduos de couro, entre outros”.

E o objetivo do trabalho do laboratório do Parque Científico e Tecnológico é justamente trazer esta tecnologia para a realidade da indústria nacional, ou seja, utilizar a parceria firmada para desenvolver aplicações desta tecnologia visando a demanda brasileira.

O trabalho está apenas começando, e hoje nenhuma indústria do País utiliza-se desse sistema de decomposição e tratamento de resíduos. Para tentar resolver esta situação na prática, a Unicamp está oferecendo a empresas como a Goodyear, a International Paper e a Ajinomoto uma assessoria para a possibilidade de trabalhar com a Innova como uma alternativa ao gás natural, este um combustível fóssil não renovável, de alto custo e bastante utilizado pelas indústrias no Brasil.

Ainda há de se aguardar os primeiros resultados, mas uma nova forma de tratar resíduos industriais no Brasil pode estar a caminho.

“Atlas da Exclusão Social no Brasil” aponta que democracia é fator de inclusão

03/05/2015 20:54

http://brasileconomico.ig.com.br/brasil/2015-04-02/atlas-da-exclusao-social-no-brasil-aponta-que-democracia-e-fator-de-inclusao.html

ão Paulo – Chegou às livrarias o segundo volume do “Atlas da Exclusão Social no Brasil”, organizado pelos economistas Alexandre Guerra e Marcio Pochmann e o geógrafo Ronnie Aldrin Silva. Baseado nos dados dos Censos Demográficos do IBGE, dos anos de 2000 e de 2010, o livro analisa o fenômeno da retração da exclusão social do na primeira década do Século XXI. Escrito por uma equipe multidisciplinar formada por cinco autores — o sociólogo André G. Campos; o jornalista Daniel Castro; e os economistas Marcos Paulo Oliveira, Ricardo L. C. Amorim e Rodrigo Coelho — a publicação observa a evolução de seis indicadores sociais para dimensionar a melhoria na qualidade de vida da população brasileira.

“Esta é a segunda vez que estamos produzindo uma análise a respeito do Brasil de acordo com esse índice de exclusão social. Estávamos preocupados com uma abordagem mais ampla da questão social. Esta análise decenal nos permitiu reconhecer avanços significativos, embora o Brasil ainda tenha indicadores de exclusão muito fortes. Temos muito desafios para enfrentar até garantir um padrão de vida digna para todos”, descreve Marcio Pochmann, ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e que atualmente é presidente da Fundação Perseu Abramo, do PT.

De acordo com o economista, a melhoria generalizada dos indicadores sociais de pobreza, emprego, desigualdade, alfabetização, e escolaridade está relacionada a três fatores: democracia, crescimento econômico e distribuição de renda. “A democracia tem se mostrado fundamental para fazer com que as ações de políticas públicas tenham conexão mais direta com a população, especialmente com aqueles que detêm a maior quantidade de votos, que no caso brasileiro, são os mais pobres. Além disso, o país voltou a crescer, passando a ter o que distribuir”, argumenta.

Pochmann diz que nos anos 60 e 70 o Brasil manteve um ritmo de crescimento econômico muito superior ao que foi registrado nos anos 2000, no entanto, o país vivia num regime militar, sem democracia, e o resultado da política econômica era muito favorável aos já beneficiados pelo modelo econômico. “Ou seja, tínhamos um crescimento, sem democracia, sem políticas de distribuição de renda, o que resultou numa falta de enfrentamento da exclusão social. Já nos anos 80 e 90, tivemos a retomada da democracia, mas não tivemos crescimento econômico e, portanto, não tivemos o que distribuir”, diz.

O ex-presidente do Ipea relembra que, nos anos 2000, além da distribuição de renda, possibilitada pelo crescimento econômico, houve ainda a expansão do emprego, aliada à valorização do salário mínimo e à ampliação dos programas de transferência de renda, que ganham importância ao ter seus valores e número de beneficiários ampliados.

Contudo, o segundo volume do “Atlas da Exclusão” aponta que as desigualdades regionais ainda persistem. Tanto que as ofertas de emprego são maiores nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “Essa diferença regional é uma marca brasileira que se expressa de maneira inequívoca por causa dos ciclos econômicos, muito concentradores, como o ciclo do açúcar em Pernambuco; o ciclo do ouro, em Minas ; e do café, em São Paulo”, diz Pochmann. “A superação dessa realidade vai demorar, porque vivemos um processo de desindustrialização nas regiões mais importantes do país. Precisamos constituir uma política nacional de desenvolvimento regional, identificando as vocações locais, potencializando os investimentos”, defende.

O economista ressalta que, apesar da redução da exclusão social, houve um aumento da violência para as regiões urbanas. “Há um deslocamento da violência bruta da sociedade agrária para as regiões urbanas. Há sinais de intolerância no modo de vida das grandes cidades”.

O atlas revela ainda que a expansão do emprego foi alavancada sobretudo pelo setor de serviços e que houve uma redução do analfabetismo, assim como aumento da escolaridade. “Temos hoje um analfabetismo residual, entre os segmentos populacionais de mais idade, que vai se extinguir naturalmente, com a morte dessas pessoas, e não por força de políticas publicas. Conseguimos universalizar o acesso à educação, mas precisamos promover um avanço qualitativo daqui para frente, para enfrentar o chamado analfabetismo funcional”, diz.

Segundo Pochmann, para que a desigualdade continue caindo, é necessário que o Brasil volte a crescer e, assim, se promova o avanço na redistribuição de renda: “É necessário arrecadar mais dos ricos e menos dos pobres para distribuir a renda recolhida de uma forma inversamente proporcional em relação a quem colaborou”.

 

http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2015/05/entenda-as-razoes-que-fazem-de-sc-o-estado-mais-igualitario-do-brasil-4752271.html