Ambiente de Acessibilidade Informacional exibe filme com audiodescrição

15/04/2015 22:01

A oitava edição do “Café com Tato” exibiu o curta metragem A Pandorga e o Peixe, com audiodescrição, no auditório Elke Hering da Biblioteca Universitária (BU/UFSC), na terça-feira, 14 de abril. O evento contou com a presença de pessoas com deficiência visual e com um dos diretores do documentário, o artista visual Ivan de Sá Pereira.

Clarissa Agostini, audiodescritora e uma das organizadoras do evento, queria exibir um filme que tratasse de alguma temática de Florianópolis. Por indicação da sua irmã Clarissa, conheceu A Pandorga e o Peixe e decidiu exibi-lo, já que o curta tem como tema a tradição de pesca com pandorga praticada por pescadores da praia do Campeche.

Ivan de Sá Pereira participou da exibição. Foto: Henrique Almeida/Fotógrafo da Agecom/DGC/UFSC

O curta foi produzido de maio a junho de 2014 e recebeu três prêmios, entre eles a categoria de melhor documentário no Festival de Carajás.

O “Café com Tato” surgiu em 2012 e é promovido pelo Ambiente de Acessibilidade Informacional (AAI). O principal objetivo é promover a integração e o convívio social entre os envolvidos com a acessibilidade, reunir pessoas com deficiência visual, atender a demanda desses alunos e aprimorar os serviços relacionados ao AAI.

Mais informações sobre o AAI: https://www.facebook.com/pages/AAI-Ambiente-de-Acessibilidade-Informacional/663907246986924?fref=ts

Débora Nazário/Estagiária de Jornalismo da Agecom/DGC/UFSC

Curso de Especialização Especialização em Educação, Pobreza e Desigualdade Social (modalidade a distância) – UFSC

13/04/2015 17:03

O Curso de Especialização em Educação, Pobreza e Desigualdade Social (modalidade a distância), oferecido pelo Departamento de Estudos Especializados em Educação, do Centro de Ciências da Educação (CED), reabre inscrições para o preenchimento de vagas remanescentes. As inscrições iniciam nesta segunda-feira, 13 de abril, e seguem abertas até 4 de maio.

Mais informações: http://epds.nute.ufsc.br/

Atividade do Observatório de Tecnologias Inclusivas – Mostra de Cinema e Direitos Humanos

23/03/2015 15:15

9° Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul.

http://mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br/2014/democratizando/

O Campus Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina foi selecionado pela  Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República através do Projeto Democratizando, como ponto de exibição para a 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul de 2015. Por meio do projeto, pontos de exibição de todo o país se inscreveram para receber os filmes elaborados pela produção da Mostra que buscam suscitar o debate sobre os Direitos Humanos em âmbito nacional. As exibições acontecerão no auditório da Unidade Jardim das Avenidas do Campus Araranguá/UFSC, com acesso gratuito para toda a comunidade universitária e da região e também em escolas, associações e instituições que se interessarem pelo projeto. Os filmes são em formato digital e  possuem temáticas relacionadas aos direitos humanos, inclusão social e multiculturalismo, com tecnologias visando a acessibilidade, com a opção de utilização de closed-caption e audio-descrição, além de legendas para cinco idiomas: árabe, espanhol, inglês, francês e mandarim. Os filmes são:

1. A Vizinhança do Tigre – Affonso Uchoa, 95′; (temática: população negra, periferia, violência).
2. Cabra Marcado pra Morrer – Eduardo Coutinho, 119′; (temática: memória e verdade, segurança pública e direitos humanos,  democracia).
3. Pelas Janelas – Carol Perdigão, Guilherme Farkas, Sofia Maldonado e Will Domingos, 35′; (temática: educação, direitos humanos, escola).
4. Que Bom te Ver Viva – Lúcia Murat, 95′; (temática: mulheres, democracia e direitos humanos).
5. Rio Cigano – Júlia Zakia, 80′; (Temática: mulher, infância).
6. Sophia – Kennel Rógis, 15′; (Temática: pessoa com deficiência auditiva, infância)
A programação é a seguinte e também está em anexo:

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR)

Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá/SC

9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul

Sinopse dos filmes em:  http://mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br/2014/democratizando/

Ponto de exibição selecionado:

Campus UFSC –  Araranguá/SC

Unidade Jardim das Avenidas (UNISUL)

Auditório

26/03/2015

Quinta

27/03/2015

Sexta

28/03/2015

Sábado

 

Horário  
10:00 horas Pelas Janelas, 35′

 

Rio Cigano, 80′

Que Bom te Ver Viva , 95′ Sophia, 15′

 

A Vizinhança do Tigre –  95′

14:00 horas Que Bom te Ver Viva , 95′ Sophia, 15′

 

A Vizinhança do Tigre –  95

 

Cabra Marcado pra Morrer –  119′
16:00 horas Sophia, 15′

 

A Vizinhança do Tigre –  95′

Cabra Marcado pra Morrer, 119′ Pelas Janelas, 35′

 

Rio Cigano, 80′

19:15 horas Cabra Marcado pra Morrer ,  119′ Pelas Janelas, 35′

 

Rio Cigano, 80′

Que Bom te Ver Viva , 95′

 Evento Gratuito – Aberto a comunidade em geral.  

Os participantes receberão certificado de atividades complementares: 02 horas cada sessão.

Contato: posticsenasp@contato.ufsc.br – Fone: (48) 3721-6250 (14:00 às 18:00)

Coordenador da Atividade: Prof. Giovani Lunardi – giovani.lunardi@ufsc.br

Recursos: closed caption/áudio-descrição/Legenda em 05 idiomas (árabe, inglês, Francês, espanhol e mandarim)

Tecnologias Educacionais: Escolas do SESI mudam currículo para preparar jovens para o trabalho

11/02/2015 16:41

http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2013/11/1,28332/escolas-do-sesi-mudam-curriculo-para-preparar-jovens-para-o-trabalho.html

 

http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2013/11/1,28370/nova-forma-de-ensino-da-matematica-amplia-compreensao-e-raciocinio-logico.html

Para defender a terra de uma chuva de meteoritos, cientistas precisam calcular trajetórias de mísseis para destruir a ameaça ao nosso planeta. Esse roteiro, base de inspiração de muitos filmes de sucesso em todo o mundo, é também um game desenvolvido para ensinar matemática. No jogo, é preciso colocar em prática os conhecimentos sobre equações lineares, quadráticas ou cúbicas, entre tantos outros.

A metodologia inovadora é um dos recursos utilizados pelo SESI Matemática, projeto desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) do Rio de Janeiro em 2012 e que deve chegar a todas as escolas da instituição do país. Essa é apenas uma das ações previstas pelo programa Escola SESI para o Mundo do Trabalho, que pretende transformar a maneira de ensinar.

As mudanças previstas pelo programa começam já em 2014. Os alunos do primeiro ano do ensino médio começarão o ano com um novo currículo escolar que contemplará disciplinas de atualidades, projetos de aprendizagem, oficinas tecnológicas e ciências aplicadas. Elas serão trabalhadas dentro de cada uma das outras disciplinas tradicionais, como Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia Física e Química. A ideia é escolher um assunto da semana, por exemplo, e estudá-lo sob todas as óticas dessas disciplinas.

Nas oficinas tecnológicas, por exemplo, serão desenvolvidas atividades de realidade aumentada com objetos em 3D, robótica e elaboração de games para estimular o aprendizado.

Escola Sesi para o mundo do trabalho

“Cada nova tecnologia que surge enxuga os empregos com repetição braçal” – Luiz Carlos Menezes

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES – Com a adoção do programa, as aulas ficarão mais práticas, para que o estudante entenda o porquê de estudar aqueles assuntos.  Para isso, mais de 200 diretores e 1.800 professores das escolas do SESI de todo o Brasil já estão sendo capacitados. As mudanças chegarão, posteriormente, aos demais anos do ensino médio e, ainda, o ensino fundamental.

O comprometimento do SESI será em fazer com que os alunos sejam capazes de aprender novas habilidades e assimilar conceitos do dia a dia. A formação desses jovens será direcionada para torna-los capazes de avaliar situações e tomar decisões.

“Temos 68% de analfabetos funcionais no Brasil e 38% dos alunos que ingressam em nossas universidades são analfabetos funcionais. Queremos mudar essa realidade”, diz o diretor de operações do SESI, Marcos Tadeu de Siqueira, citando estudo do Instituto Paulo Montenegro e da ONG Ação Educativa, de 2012. De acordo com Siqueira, o SESI pretende ser referência para todas as escolas brasileiras com as novas implementações na metodologia de ensino.

NOVA FORMA DE PENSAR
 – “O programa Escola SESI para o Mundo do Trabalho requer mudanças que alteram a concepção de educação e, por isso, exige um novo modo de pensar, agir e de relacionamento interpessoal”, afirma o gerente executivo de educação básica do SESI, Henrique Pinto dos Santos.

Mesmo com uma educação reconhecida por sua qualidade, o SESI quer inovar para se adaptar à nova realidade. “Cada nova tecnologia que surge enxuga os empregos com repetição braçal. Quem entra na escola agora, tem a idade das redes sociais. Quem sai da escola hoje, tem a idade da internet. Preparar para um mercado que ainda não conhecemos, esse é o nosso desafio”, diz o professor da Universidade de São Paulo (USP), Luiz Carlos Menezes, palestrante do lançamento do programa, em Brasília.

Em sua palestra, ele ressaltou a importância de estimular a inovação. “Nós não precisamos mais de gente que sabe fazer a mesma coisa, já temos o computador pra isso. Precisamos de gente que julga, que avalia, que inova, que inventa e que de fato domina a linguagem”, pondera.

Por Aerton Guimarães
Fotos: José Paulo Lacerda
Do Portal da Indústria

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12.11.2013 – 
Nova forma de ensino da matemática amplia compreensão e raciocínio lógico

Por que a tecnologia não mudou a educação: porque o sistema é o mesmo

23/01/2015 17:02

http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/01/23/por-que-a-tecnologia-nao-mudou-a-educacao-porque-o-sistema-e-o-mesmo.htm

A educação não vai bem — isso todo mundo sabe por estatística ou por experiência própria. O que intriga muita gente é por que a situação não melhora com toda a tecnologia disponível.

Para o trio da Santo Caos, uma “consultoria de engajamento” de São Paulo, a resposta é que o modelo educacional é o mesmo. O aparato tecnológico é usado apenas como outra modalidade de material, sem alterar a maneira como o conteúdo é ensinado ou modificar a administração das verbas e do tempo.

Usando um método de pesquisa chamado “bola de neve”, em que um entrevistado indica o próximo, os publicitários fizeram um documentário de 30 minutos que pretende esclarecer a questão com o título “Do Giz ao Tablet: por que a tecnologia não mudou a educação”.

http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/do-giz-ao-tablet-por-que-a-tecnologia-nao-revolucionou-a-educacao-04028C183970D0995326?types=A&

Derrubando paredes

“É preciso haver uma remodelagem da escola”, afirma Guilheme Françolin, 25, que buscou as respostas em companhia dos sócios Jean Soldatelli, 25, e Daniel Santa Cruz, 25. Ele cita a escola municipal Amorim Lima, que derrubou as paredes das salas de aula e estabeleceu roteiros de estudos para os alunos, flexibilizando a aula.

Segundo ele, a escola de hoje não atende mais as necessidades do mercado de trabalho que os filhos da geração Y (nascidos nos anos 1980) terão que enfrentar. “Temos que mudar isso de um cara no tablado, um professor que só transmite os conhecimentos.”

A mudança, indica o jovem publicitário, estaria na maneira de organizar o tempo e as verbas da escola. Como exemplos ele aponta a construção de conhecimento em rede como nas plataformas wiki ou a personalização das experiências de cada aluno.

Ele faz uma analogia tecnológica para explicar seu ponto: “a gente viu que precisava mesmo era de uma plataforma de código aberto”. Ou seja, com liberdade e espaço para soluções particulares surgirem, mas com um objetivo comum de ensinar o mesmo para os alunos.

Além do conteúdo, Françolin acha que a escola precisa desenvolver competências nos aluno, as novas chaves para o sucesso.

INCT lança Dicionário de Avaliação de Tecnologia em Saúde

20/01/2015 23:25

INCT lança Dicionário de Avaliação de Tecnologia em Saúde para download

Foi pelo entendimento de que Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) é um jovem segmento entre as diversas áreas das Ciências da Saúde, que o Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS) concebeu a ideia de elaborar um Dicionário de ATS para o Brasil www.iats.com.br/dicionario.pdf). O trabalho de construção desta obra inovadora, segundo a médica pesquisadora Luciane Nascimento Cruz, considerou a importância do conjunto de termologias e conceitos mais utilizados no estudo, na leitura, na interpretação e na aplicação de conhecimentos gerados em pesquisas científicas sobre ATS, cujo impacto e alcance ampliaram-se significativamente na última década, no Brasil.

Os “verbetes” contidos no dicionário são oriundos de literatura científica e, alguns deles, da adaptação da Língua Inglesa para a Língua Portuguesa, além de palavras que são comuns às lides das ciências da Saúde, Econômicas e Sociais. “Parte dos termos e conceitos de ATS ainda são desconhecidos por muitos profissionais da saúde, gestores e até mesmo pesquisadores menos familiarizados com as rotinas e atividades relacionadas com ATS (Health Tecnology Assessment, em Língua Inglesa). Por isso, propusemos o desafio de tornar ATS mais acessível através desta publicação que está sendo lançada em conjunto com esta edição especial da IATS News”, explica Luciane Cruz.

Na essência, segundo ela, a iniciativa tem como objetivo compartilhar e dar ressonância ao desenvolvimento científico da última década. “E, possivelmente, contribuir para o trabalho de quem representa o real foco de todo o esforço empreendido no campo da ciência, que é transformar o saber em ferramentas práticas para o aprimoramento da assistência em saúde da população brasileira”, define.

Co-autor do dicionário, o pesquisador do IATS, Sandro René, destaca que no dicionário composto por 181 verbetes o leitor encontrará mais do que apenas simples descrição de significado das palavras. “O Dicionário de ATS vai um pouco além da ideia convencional de uma publicação dessa natureza, trazendo significado das palavras e uma breve explicação contextual, envolvendo conceito do termo e buscando promover o entendimento sobre sua utilidade e aplicação na atividade de pesquisa e na escrita científica, através de sínteses explicativas e até algumas ilustrações gráficas”, afirma.

Entre os termos, o leitor do Dicionário de ATS irá encontrar a palavra “Metanálise”, uma das mais utilizadas por quem atua em ATS, cujo significado é “revisão sistemática na qual ocorre uma análise estatística que combina e integra os resultados de estudos independentes, com o objetivo de extrair uma medida sumária do efeito analisado. A metanálise possibilita resolver incertezas quando os estudos disponíveis são discordantes, melhorar a estimativa do tamanho do efeito e incrementar o poder estatístico para os pacientes em geral e subgrupos”.

Coordenação de Comunicação Social
Com informações do IATS

http://cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/2382797

ONG lança portal com informações para imigrantes haitianos no Brasil

15/01/2015 11:03

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/538965-ong-lanca-portal-com-informacoes-para-imigrantes-haitianos-no-brasil

Um portal em quatro idiomas, lançado ontem (12), promete facilitar a vida dos cerca de 50 mil imigrantes haitianos que entraram no Brasil após o terremoto que arrasou parte do país em 2010. A estimativa do número de imigrantes é do embaixador do Haiti no Brasil, Madsen Chérubin, que participou da solenidade de lançamento do site.

A reportagem é de Vladimir Platonow, publicada pela Agência Brasil – EBC, 13-01-2015.

Idealizado pela organização não governamental (ONG) Viva Rio, o serviço traz dicas práticas sobre como requisitar documentos e também ofertas de vagas de emprego e cursos. Chérubin classificou a iniciativa como uma forma de integrar a comunidade haitiana que hoje vive no país.

“Este site vai ajudar muito. A embaixada estava procurando um meio para manter contato direto com os haitianos, porque o Brasil é um país grande, quase um continente. Temos cerca de 50 mil haitianos espalhados no território e não tem como realmente manter um contato sem desenvolver um projeto como este”, ressaltou o embaixador.

O portal também tem uma rádio, via internet, com músicas haitianas e entrevistas de interesse da comunidade do país caribenho no Brasil. O locutor é o haitiano Robert Montinard, conhecido pelo nome artístico de Bob. Ele apresenta toda semana o programa Voz do Haiti na Rádio Viva Rio.

Bob diz que já se sente brasileiro e que não quer retornar ao Haiti, nem tanto pelas dificuldades financeiras, mas principalmente pelos traumas psicológicos que o terremoto lhe causou. “Não é por causa da economia. É mais pela questão geográfica. Quero ficar em um lugar onde não vá acontecer um terremoto, para dar segurança a minha família. Quando a terra tremeu, eu estava em casa. Ela ficou destruída, meu pé quebrou e um grande amigo da família morreu. Ficou tudo gravado em minha cabeça”, lembrou ele.

Às sextas-feiras, a rádio haitiana vai transmitir o programa Gringo no Rio, com um estrangeiro convidado para falar sobre a sua experiência no Brasil e sua cultura. Aos sábados, será vez de Hit Konpa, totalmente dedicada ao Haiti, sobre cultura, música e gastronomia. No fim de semana, também será apresentado o Domingo With God, sobre tolerância religiosa. O endereço do portal é www.haitiaqui.com. As informações são apresentadas em português, inglês, francês e creole, idioma local do Haiti.

A cúpula de Lima dará um empurrão nas tecnologias verdes?

09/12/2014 10:20

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/538206-a-cupula-de-lima-dara-um-empurrao-nas-tecnologias-verdes

 

O caminho para a economia verde está cheio de recompensas e riscos, e os responsáveis políticos devem tratar de equilibrá-lo para que prospere a transição para as fontes de energia baixas em carbono, afirmam especialistas climáticos que participam da cúpula do clima na capital peruana. “Creio que o importante é que na maioria desses processos haverá ganhadores e perdedores”, afirmou à IPS John Christensen, diretor do Centro sobre Energia, Clima e Desenvolvimento Sustentável, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

A reportagem é de Desmond Brown, publicada por Envolverde/IPS, 04-12-2014.

“Devemos estar conscientes de que há pessoas que vão perder e que será preciso cuidar delas para que não se sintam excluídas. Devemos encontrar outras formas de torná-las participantes, porque do contrário haverá muita resistência por parte de grupos que têm interesses especiais”, afirmou Christensen por ocasião da 20ª Conferência das Partes (COP 20) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática que acontece em Lima, no Peru.

Entre os dias 1º e 12, representantes de 195 países e centenas de membros da sociedade civil negociam o rascunho de um novo tratado mundial destinado a reverter o aquecimento do planeta, que deverá ser assinado dentro de um ano na conferência de Paris. A COP 20 oferecerá um adiantamento do que se pode esperar do Protocolo de Paris em relação à eliminação no longo prazo das usinas elétricas movidas a carvão, a taxa de utilização de energias renováveis e o apoio financeiro e tecnológico aos países vulneráveis e de menor desenvolvimento.

Por exemplo, Neves, uma ilha de 13 quilômetros de comprimento no Caribe, anunciou recentemente que está “prestes a passar a ser totalmente ecológica”. Seu vice-primeiro-ministro e ministro do Turismo, Marcos Brantley, se referiu à situação de geração de combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, a fim de desenvolver o turismo.

“Além de reduzir a pegada de carbono nacional, a preocupação pela gestão de resíduos é um tema particularmente difícil para todas as nações”, afirmou Brantley. Neves contratou a empresa norte-americana Omni Alfa para extrair energia de seus resíduos e construir um parque de energia solar, destacou. O ministro pontuou à IPS que esses avanços, “junto com o desenvolvimento de nossas fontes de energia geotérmica, prometem fazer de Neves o lugar mais ecológico na terra”.

Christensen disse que a reunião do Caribe poderia aprender lições com a Dinamarca, seu país de nascimento. Os estaleiros dinamarqueses não podiam competir com os da Coreia do Sul e da China, e “o governo por muito tempo continuou injetando dinheiro para tentar mantê-los respirando, em lugar de tentar a transição para outra coisa. Agora produzem moinhos de vento e outras coisas com mais futuro”, explicou.

Muitos países do Caribe usam óleo combustível ou diesel para produzir energia, além de gasolina para automóveis, tudo o que precisa ser importado, apontou Christensen. Mas poucos países insulares contam com os recursos financeiros necessários para pagar anualmente as importações de combustíveis, que são “bastante caras”, assegurou. Esses países deveriam aproveitar sua localização geográfica, que oferece “muito sol, potencial para biomassa e vento”, sugeriu.

Cuba fez uma transição importante para a energia solar no setor energético”, disse Christensen, e outros países do Caribe apostam na conservação das florestas e aproveitam mais recursos ambientais que antes consideravam sem valor. “Agora temos que falar sobre o que acontecerá se os países não avançarem. Como todas as ilhas, seus riscos de inundação aumentarão. Por isso, na transição verde, os países têm de buscar a forma de serem mais resistentes”, ressaltou.

Segundo Christensen, “há formas de melhorar a eficiência, porque o clima está cada vez mais quente, e, pelo lugar em que estão, é necessário buscar novas oportunidades na economia verde que também os protejam da mudança climática no futuro”.

Centro e Rede de Tecnologia do Clima (CRTC), braço operacional do Mecanismo de Tecnologia da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (CMNUCC), incentiva a transferência acelerada, diversificada e gradual de tecnologias ecologicamente viáveis para a mitigação e adaptação à mudança climática no Sul em desenvolvimento, em linha com suas prioridades de desenvolvimento sustentável.

CMNUCC realiza em Lima sua 20ª conferência anual das partes, que desde 2005 tem como instrumento em vigor oProtocolo de Kyoto, que deverá ser substituído pelo de Paris a partir de 2020.

“O CRTC é um motor, um veículo para ajudar os países a conseguirem economias verdes”, explicou à IPS JasonSpensley, a sua gerente de tecnologia climática. “Nos próximos dias veremos uma solicitação de Antiga e Barbuda relativa ao desenvolvimento da energia renovável, e especificamente da eólica… o preço da energia ali é muito alto”, afirmou. A República Dominicana também negocia com o CRTC a apresentação de um pedido de produção deenergia renovável.

Nos últimos tempos o Banco de Desenvolvimento do Caribe, a maior instituição de crédito da região, redobrou as gestões para atrair o investimento em projetos de energia renovável e adaptação à mudança climática na região. Seu presidente, Warren Smith, disse que grande parte do Caribe oriental, que inclui os menores países, tem um grande potencial geotérmico que permitiria reduzir drasticamente a importação de combustíveis fósseis e até convertê-los em exportadores de energia, devido à proximidade de ilhas sem esses recursos.

Christiana Figueres, secretária-executiva da CMNUCC, exortou na COP 20 os 12.400 assistentes a desejarem grandes alturas e propôs várias linhas de ação fundamentais. “Primeiro, devemos trazer à mesa o projeto de um novoacordo universal sobre a mudança climática e explicar como serão comunicadas as contribuições nacionais no próximo ano”, enfatizou.

“Segundo, devemos consolidar os progressos em matéria de adaptação para conseguir a paridade política com a mitigação, devido à urgência de ambas por igual”, acrescentou Figueres. “Terceiro, é preciso melhorar a prestação de financiamento, em particular para os mais vulneráveis. Por fim, devemos estimular a ação cada vez maior por parte de todos os interessados para ampliar o alcance e acelerar as soluções que nos façam avançar a todos, mais rápido”, concluiu.

Ciência, Tecnologia e Sociedade e o contexto da educação tecnológica

08/12/2014 15:08

“Um ensino só pode ser considerado de qualidade se oportunizar uma efetiva construção de conhecimento pelos indivíduos envolvidos no processo, e não apenas uma acumulação de informações repassadas em sala de aula”, adverte Walter Antonio Bazzo no livro Ciência, Tecnologia e Sociedade e o contexto da educação tecnológica, cuja quarta edição revista está sendo lançada pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC). A exemplo de outros livros que escreveu sobre a temática, o pesquisador oferece uma contribuição concreta para a revisão do ensino tecnológico brasileiro. “Esse ensino que, mais do que nunca, necessita de novos ares para entender, atuar e, quem sabe, modificar a sociedade humana que passa por tantos questionamentos e dúvidas”, diagnostica.

Oito anos depois da primeira edição, o autor constata que “em pelo menos um aspecto a prática dos cursos superiores não tem se mostrado muito promissora: a formação de seus professores”. Repisando à exaustão a tese pela humanização das chamadas “ciências duras”, Walter Bazzo defende a “reflexão aprofundada” da “conscientização humanística e sociológica dos professores”. Ele refuta, por exemplo, o entendimento de que basta o domínio dos saberes técnicos para transformar um indivíduo legalmente diplomado em um educador. O diploma, portanto, nem de longe é sinônimo de docência. Logo, reforçando um círculo vicioso, esta fórmula perpetua “não só os aspectos positivos necessários à manutenção do estilo de pensamento da comunidade profissional, mas também os seus desacertos”. Criticando a ausência de uma política institucional, o pesquisador assinala que “raros são os professores das áreas tecnológicas que possuem formação didático-pedagógica”.

Para Walter Bazzo, é preciso deixar de confundir “desenvolvimento tecnológico” com “desenvolvimento humano”. Hoje, lamenta, “tudo funciona como se o sistema educacional não passasse de uma tentativa  de reprodução de métodos e técnicas de ensino que tivessem o supremo dom de fazer surgir o conhecimento na cabeça dos alunos”.

Denuncia que “as discussões das reais fundamentações da educação tecnológica ficam  completamente marginalizadas por falta de qualquer reflexão de sua implicação no contexto social”. O autor, que é doutor em Educação e pesquisador em Educação Tecnológica, acredita que, com este livro, ajude a “romper com os paradigmas vigentes” na formação de professores de tecnologia.

Professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, Walter Antonio Bazzo pensa estar revolucionando a educação tecnológica, não só na UFSC, mas na universidade brasileira. Isso fica batente nos sete capítulos do clássico reeditado pela editora universitária.

Mais informações com a EdUFSC: www.editora.ufsc.br / (48) 3721-9408

Diretor executivo – Fábio Lopes:  / (48) 9933-8887

Moacir Loth/Jornalista da Agecom/UFSC

Ciência, tecnologia e sociedade - 4.ed.rev

EaD – Curso de extensão “Introdução Crítica ao Direito das Mulheres”

03/12/2014 19:09
Está previsto para o dia 05/12/14 o início das inscrições para a 1ª edição do curso de extensão “Introdução Crítica ao Direito das Mulheres”, ofertado na modalidade a distância e executado pelo Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (CEAD-UnB), em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR).

O curso terá duração de 4 meses compostos por 14 módulos temáticos de discussão.

Ao todo, serão ofertadas 500 vagas para todo o Brasil, tendo como público-alvo estudantes de nível superior, gestoras(es) públicas e militantes de movimentos sociais que atuam no enfrentamento à violência contra a mulher de todas as regiões brasileiras.

O objetivo desta extensão é possibilitar a esse público uma formação crítica sobre o direito das mulheres para que possam atuar como multiplicadores dos conhecimentos trabalhados no curso e que assim:

● consigam inserir em sua prática cotidiana os conhecimentos construídos com o curso, em especial, na elaboração de políticas públicas, na orientação e no atendimento de mulheres vítimas de violência;

● saibam atuar de forma crítica e fiscalizadora frente aos órgãos públicos de saúde, de segurança, e do Poder Judiciário, responsáveis pelo cuidado, segurança e garantia de justiça nos casos de violência contra a mulher, contribuindo, deste modo, para uma melhor atuação destes órgãos.