Razões para temer a Inovação

12/07/2016 22:56

http://sur.conectas.org/cinco-razoes-para-temer-inovacao/

 

RESUMO

Nos últimos anos, inovação se transformou em uma palavra da moda. O conceito tem cada vez mais sido enfatizado por financiadores, e, consequentemente, organizações não governamentais (ONGs) estão começando a prestar atenção a ele, mas, geralmente, com certa relutância e cinismo.

Com a intenção de melhor entender as origens da inovação e por que ONGs de direitos humanos tendem instintivamente a resistir a ela, Lucia Nader e José Guilherme F. de Campos entrevistaram mais de uma centena de ativistas e defensores de direitos humanos.

Neste artigo, eles apresentam os resultados da pesquisa e discutem as cinco maiores preocupações com inovação que foram identificadas nas entrevistas, notadamente que (1) é simplesmente uma palavra em voga no setor privado do Norte Global; (2) não existe uma necessidade real de inovar quando se está lutando pelos direitos humanos uma vez que os princípios fundamentais do movimento não mudam; (3) é injusto testar conceitos inovadores naqueles que os movimentos de direitos humanos procuram proteger; (4) inovação gera mais violações de direitos; (5) inovação gera incertezas, o que os financiadores geralmente não gostam.

Ao analisar cada uma dessas preocupações e apresentar contra-argumentos, os autores concluem o artigo sugerindo cinco perguntas que as organizações devem se fazer antes de embarcar no processo de inovação.

PALAVRAS-CHAVE

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Lucia Nader – Brasil

Lucia Nader foi Diretora-Executiva da Conectas Direitos Humanos e éfellow da Open Society Foundations (OSF). Possui graduação em Relações Internacionais (PUC-SP) e pós-graduação em Desenvolvimento e Organizações Internacionais (Paris Science-Po). Atualmente é membro do conselho de várias organizações, incluindo o International Service for Human Rights e o Fundo Global para Direitos Humanos.

Recebido em maio de 2016

Original em inglês e português.

José Guilherme F. de Campos – Brasil

José Guilherme F. de Campos tem experiência profissional em ONGs, empresas e no setor público. Possui graduação em Administração (FEA-USP), mestrado em Administração (FEA-USP) e é doutorando em Administração (FEA-USP). É atualmente assistente de pesquisa no projeto “Organizações Sólidas em um Mundo Líquido”.

Recebido em maio de 2016

Original em inglês e portuguê